O AUTISTA NO ENSINO REGULAR
Há muitas dificuldades na educação de crianças com autismo, e uma delas são serem incluídas, pois elas
devem ser inseridas no ensino regular, e
para que isso ocorra de forma satisfatória, a escola e os professores precisam
ser preparados com ações pedagógicas inclusivas. A família e a escola precisam
trabalhar em constante parceria e diálogo. É necessário um ensino
individualizado, de acordo com suas potencialidades e dificuldades, mas não de
forma que exclua o aluno, com autismo,
mas que o inclua de forma efetiva.
Existem leis que amparam os autistas como a Lei Berenice Piana 12764/12, Politica
Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista
que entre outras, regulamenta o autismo como deficiência,
para todos efeitos legais .Lei 7853/2011: dispõe sobre a educação especial e o
atendimento educacional especializado.
A
escola recebe uma criança com dificuldades em se relacionar, seguir regras
sociais e se adaptar ao novo ambiente. Esse comportamento é logo confundido com
falta de educação e limite. E por falta de conhecimento, alguns profissionais
da educação não sabem reconhecer e identificar as características de um
autista, principalmente os de alto funcionamento, com grau baixo de
comprometimento. Os profissionais da educação não são preparados para lidar com
crianças autistas e a escassez de bibliografias apropriadas dificulta o acesso
à informação na área. (Santos, 2008, p. 9).
Santos
(2008) afirma que a escola tem papel importante na investigação diagnóstica,
uma vez que é o primeiro lugar de interação social da criança separada de seus
familiares. É onde a criança vai ter maior dificuldade em se adaptar às regras
sociais - o que é muito difícil para um autista
É
necessário avaliar os alunos individualmente de acordo com suas potencialidades
e dificuldades. Por isso a necessidade de um currículo diferenciado.
As
adequações curriculares servem para flexibilizar e viabilizar o acesso às
diretrizes estabelecidas pelo currículo regular e não possuem a intenção de
desenvolver uma nova proposta curricular, mas estabelecer um currículo
dinâmico, alterável, passível de ampliação, para que atenda realmente a todos
os educandos. Isso é facilmente realizado quando há disponibilidade do
profissional da sala de recurso na escola, que contribui para que sejam
planificadas as ações pedagógicas e o conteúdo que o aluno deve aprender
(Valle; Maia, 2010).
A
flexibilização do currículo é uma forma de estabelecer o vínculo e a
cumplicidade entre pais e educadores, para que, no espaço escolar, ocorra a
coesão de vontades, entre educadores e família, das competências estabelecidas
para a educação do aluno com autismo. Essa revolução estrutural acontece
através do manejo do currículo frente aos desafios enfrentados com a vinda da
criança com autismo à escola regular.O
autismo precisa de um
olhar mais empático, a luta é grande buscando seus direitos, a uma educação de qualidade.
Emanuelle Cristine
Morais Sarmento Silva
Pedagoga
Referências:
MENEZES, A. R. S. Inclusão
escolar de alunos com autismo: quem ensina e quem aprende? Dissertação
(Mestrado), Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2012.
VALLE, T. G. M.; MAIA, A. C. B. Aprendizagem e comportamento humano. São
Paulo: Cultura Acadêmica, 2010.
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