A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA INFÂNCIA
(Imagem,Arco Iris Brinquedos)
Se perguntarmos a um adulto
quais memórias ele possui do tempo de criança, vão se lembrar de brincadeiras
com os amigos, e lembranças de diversão .A
Infância é a
principal etapa da vida do ser humano, é justamente nesta fase que se aprende
valores que serão levados para vida.
Nem todos tiveram ou tem esse privilégio,
o brincar na infância.
Fundamental no processo de aprendizagem e de grande importância. Piaget, um
pensador e estudioso francês que estudava sobre o desenvolvimento infantil disse
que:
“a atividade lúdica é o berço obrigatório das
atividades intelectuais da criança, estas não são apenas uma forma de distração
ou de entretenimento para gastar energia, mas meios que contribuem e enriquecem
o desenvolvimento intelectual.”(PIAGET,1978).
Brincar, na infância faz com que o cérebro libere hormônios
que facilitam o aprendizado:
O brincar é essencial na infância, auxilia no
processo de ensino aprendizagem, pois é através de brincadeiras que estimulamos
a imaginação, a memória, a socialização, o exercício corporal, além do interesse
da criança pelo aprendizado, no qual se torna mais “leve” e fácil de assimilar.
A neurociência afirma o quanto
brincar é importante, e a principal característica é a liberação de transmissores,
que aprimoram a aprendizagem, sem causar estresse. Esses transmissores preparam
o cérebro para o aprendizado formal. Quando brinca a criança libera dopamina,
hormônio do prazer, deixa a atenção ativada, em consequência sua capacidade de
aprender é muito maior.
Também é liberado o hormônio a
noradrenalina o hormônio que influencia, o humor, a ansiedade, sono e
alimentação, juntamente com outros sistemas
que também são ativados , auxiliando a plasticidade cerebral, facilitando assim
ainda mais o aprendizado.
(imagem, Tudo na Neuro)
O
brincar, na infância aproxima
a família
Muitas famílias preocupadas com o futuro dos filhos ou ocupadas demais, preenchem o tempo das crianças com atividades extracurriculares, e se esquecem que as mesmas estão na infância e é necessário, o brincar.
As crianças que brincam com sua família desenvolvem desde cedo a capacidade de se colocar no lugar do outro, lidam melhor com suas emoções e guardam lembranças saudáveis e prazerosas junto aos seus entes queridos, o que estimula e ajuda a desenvolver diversas habilidades intelectuais.
Brincar com os filhos é uma das melhores formas de se aproximar das crianças, fortalecendo a cumplicidade e proporcionando aprendizado mútuo.
Brincar é direito assegurado
A Declaração Universal dos Direitos da Criança prevê em seu princípio VII, que “a criança deve desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras. Os quais deverão estar dirigidos para educação, sociedade, e as autoridades públicas se esforçarão para promover o exercício desse direito”.
“É dever da família, da sociedade do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. (Brasil. Constituição, 1988).
O direito ao brincar além de ser reconhecido pela CF de 1988 é previsto no ECA em seu artigo 16, IV, onde cita: “o direito a liberdade compreende os aspectos dentre eles: brincar, praticar esportes e divertir-se”. (BRASIL, 1988).
Mas não é porque é assegurado por lei que todas as crianças tem esse privilegio, tem muito a se fazer para que todas possam exercer esse direito.
Respeite e valorize o brincar na infância, pois estará investindo no desenvolvimento intelectual e emocional seu filho.
Emanuelle Cristine Morais Sarmento Silva
Pedagoga
Referências:
ONU. Declaração Universal dos Direitos da Criança, 1959. Unicef, Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/declaracao_universal_direitos_crianca.pdf
ONU. Convenção sobre os direitos da criança, 1989. Unicef. Disponível em https://www.unicef.org/mozambique/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-os-direitos-da-crian%C3%A7a
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
BRASIL. Lei 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Trad. Por Dirceu Accioly Lindoso e Rosa Maria Ribeiro da Silva. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1976
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