O AUTISMO E A ESCOLA
A sociedade passa por diversas transformações e no meio educacional principalmente. A demanda de alunos que precisam de um ensino individualizado cresce, e é necessário que a escola reveja e modifique, a relação para o tratamento com esse público. Entre esse público está o autismo, crianças dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e para isso acontecer existem para serem quebradas todos os dias.
O Autismo
O autismo não tem causa definida. É um transtorno que provoca atraso no desenvolvimento infantil, comprometendo principalmente sua socialização, comunicação e imaginação. Manifesta-se até os três anos de idade e ocorre quatro vezes mais em meninos do que em meninas. Algumas características são bem gerais e marcantes, como a tendência ao isolamento, a ausência de movimento antecipatório, as dificuldades na comunicação, as alterações na linguagem, com ecolalia e inversão pronominal, os problemas comportamentais com atividades e movimentos repetitivos, a resistência a mudanças e a limitação de atividade espontânea. Bom potencial cognitivo, embora não demonstrassem. Capacidade de memorizar grande quantidade de material sem sentido ou efeito prático. Dificuldade motora global e problemas com a alimentação (Kanner, apud Menezes, 2012, p. 37).
O autista no ensino regular
Há dificuldade nas crianças com autismo, serem incluídas, é uma delas, pois elas devem ser inseridas no ensino regular, e para que isso ocorra de forma satisfatória, a escola e os professores precisam ser preparados com ações pedagógicas inclusivas. A família e a escola precisam trabalhar em constante parceria e diálago.É necessário um ensino individualizado, de acordo com suas potencialidades e dificuldades, mas não de forma que exclua o aluno, com autismo, mas que o inclua de forma efetiva.
Existem leis que amparam os autistas como a Lei Berenice Piana 12764/12, Politica Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista que entre outras, regulamenta o autismocomodeficiência, para todos efeitos legais.Lei 7853/2011: dispõe sobre a educação especial e o atendimento educacional especializado.
A escola recebe uma criança com dificuldades em se relacionar, seguir regras sociais e se adaptar ao novo ambiente. Esse comportamento é logo confundido com falta de educação e limite. E por falta de conhecimento, alguns profissionais da educação não sabem reconhecer e identificar as características de um autista, principalmente os de alto funcionamento, com grau baixo de comprometimento. Os profissionais da educação não são preparados para lidar com crianças autistas e a escassez de bibliografias apropriadas dificulta o acesso à informação na área. (Santos, 2008, p. 9).
Santos (2008) afirma que a escola tem papel importante na investigação diagnóstica, uma vez que é o primeiro lugar de interação social da criança separada de seus familiares. É onde a criança vai ter maior dificuldade em se adaptar às regras sociais - o que é muito difícil para um autista
É necessário avaliar os alunos individualmente de acordo com suas potencialidades e dificuldades. Por isso a necessidade de um currículo diferenciado.
As adequações curriculares servem para flexibilizar e viabilizar o acesso às diretrizes estabelecidas pelo currículo regular e não possuem a intenção de desenvolver uma nova proposta curricular, mas estabelecer um currículo dinâmico, alterável, passível de ampliação, para que atenda realmente a todos os educandos. Isso é facilmente realizado quando há disponibilidade do profissional da sala de recurso na escola, que contribui para que sejam planificadas as ações pedagógicas e o conteúdo que o aluno deve aprender (Valle; Maia, 2010).
A flexibilização do currículo é uma forma de estabelecer o vínculo e a cumplicidade entre pais e educadores, para que, no espaço escolar, ocorra a coesão de vontades, entre educadores e família, das competências estabelecidas para a educação do aluno com autismo. Essa revolução estrutural acontece através do manejo do currículo frente aos desafios enfrentados com a vinda da criança com autismo à escola regular.O autismo precisa de um olhar mais empático, a luta é grande buscando seus direitos, a uma educação de qualidade.
Emanuelle Cristine Morais Sarmento Silva
Pedagoga
Referências:
MENEZES, A. R. S. Inclusão escolar de alunos com autismo: quem ensina e quem aprende? Dissertação (Mestrado), Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2012.
VALLE, T. G. M.; MAIA, A. C. B. Aprendizagem e comportamento humano. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010.
MENEZES, A. R. S. Inclusão escolar de alunos com autismo: quem ensina e quem aprende? Dissertação (Mestrado), Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2012.
Autismo e inclusão escolar: os desafios da inclusão do aluno autista, disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/34/autismo-e-inclusao-escolar-os-desafios-da-inclusao-do-aluno-autista acesso em 07 de junho de 2021.
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